quinta-feira, 24 de junho de 2010

Medo da velocidade

Não tenho medo da velocidade de um carro
Tenho medo da velocidade de uma bala
Pequena, rápida e sem sentido
Em que o dono, muitas vezes nem sabe por que atirou

Não tenho medo da velocidade de um punho
Tenho medo da velocidade do som
Que sai da boca de quem amamos em forma de palavras
E o machucado, as vezes pode não sarar

Não tenho medo da velocidade do vento
Tenho medo da velocidade de um sopro
Um sopro suspirado
De uma paixão proibida

Não tenho medo da velocidade com que as horas passam
Tenho medo da velocidade do tempo
Que vem tão rápido
Que nos deixa velho e nem percebemos

Não tenho medo do rápido
Tenho medo de não sentir o lento
Quando ele se aproximar

2 comentários:

  1. não tenho medo da velocidade do tempo... visto que é sempre a mesma... Tenho medo de não aproveitar bem o tempo de agora que nunca retrocede...

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  2. A velocidade do tempo nem sempre é a mesma, ela está em constante mudança. Muda, dependendo do que estamos fazendo, dependendo do que vamos fazer, dependendo de companhia que temos, ta sempre em mudança...

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